JUSTIFICATIVA
“O passado concentrado no presente que cria a natureza humana por um processo de continuo reavivamento e rejuvenescimento”. Hegel
Um dos maiores males da sociedade contemporânea é o esvaziamento dos diálogos coletivos e dos espaços capazes de publicizar uma memória coletiva que possa servir de base para a construção de valores coletivos e individuais, bem como de uma identidade que possa ser vivenciada e experienciada por grupos sociais diversos, uma vez que compartilham trajetórias e histórias singulares.
Freqüentemente, os indivíduos nessas sociedades são levados criarem uma falsa percepção de pertencimento devido à fragmentação das relações sociais, seja elas de produção, de conhecimento ou política. Para situar-se diante desta fragmentação, eles tendem a forjar para si e para sua coletividade uma “identidade vitual”, a partir do imediatismo da Industria Cultural que o conduz ao distanciamento de suas raízes, daquilo que possivelmente possa “(re) defini-lo” e garantir seu re-conhecimento parente si ou dos outros, tanto a nível cultural como político.
As sociedades que mais se encontram em risco de serem envolvidas por este processo de amnésia são justamente aquelas que a partir de um curto espaço de tempo investiram em planejar grandes transformações na sua matriz econômica, inserindo-se instantaneamente nos fluxos das economias globais e nas redes de informações, como tentativa de ingressa no seleto clube dos países em desenvolvimento. Partes destas sociedades estão localizadas em países do Terceiro Mundo, onde os efeitos deste processo variam conforme a formação histórica da suas estruturas políticas para atender as necessidades de suas populações a partir um projeto de desenvolvimento.
É sabido que estes países geralmente são erguidos sobre a sorte de apagar dentro de suas fronteiras regiões dotadas de uma tradição comum construída no processo de povoamento ao longo de áreas a serem povoadas. Na maioria das vezes esses alicerces de memórias e identidades são edificados sobre ruínas de outros alicerces de memória e identidade de menor expressão, tem como conseqüência não dinamizar a agregação de sociabilidades cooperadas, por não terem suas identidades primeiras reconhecida, ainda que reconheça pertencer a uma maior.
No Brasil, poucos Estados como o Ceará encontram-se inserido num turbilhão de transformação socioeconômica nos últimos vinte anos para alcançar seu desenvolvimento sustentável, como exemplo maior, deste projeto estar o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), capaz de gerar para o Estado mais de quinze mil empregos diretos e um investimento em torno de cinqüenta bilhões de reais.
A conseqüência maior destas transformações aceleradas é, sobretudo, de metamorfosear o cearense num proletariado, pobre de experiência, impossibilitando de reconhecer suas memórias e identidades – regionais ou pessoais, já que estas são arrancadas continuamente, uma vez que são esfaceladas as velhas formas de sociabilidades e tradições oriundas do mundo rural, antes predominante no Estado.
Saber confeccionar o fio da identidade na roca da memória da cearensidade, ou encontrá-lo preso ao tecido da tradição é uma possibilidade de pertencimento diante do tempo efêmero da contemporaneidade vazio sentido, por reduzir tudo a mercadoria.
É indiferente se o fio é confeccionado ou encontrando. O que importa é saber que ele abre uma conexão com um conjunto de referenciais, próprios para o desenvolvimento humano, pois não há uma moralidade sem identidade e memória, matérias-primas para o proceder ético num dado espaço ou região. Este proceder tornou-se a viga do desenvolvimento das grandes nações por produzir uma racionalidade estável de valores, atitudes e comportamentos nos seus cidadãos que se agregou a busca de uma economia racional e solidária.
PALAVRAS- CHAVE: Memória, Identidade, Cearensidades, Regionalismo, Desenvolvimento Local
“O passado concentrado no presente que cria a natureza humana por um processo de continuo reavivamento e rejuvenescimento”. Hegel
Um dos maiores males da sociedade contemporânea é o esvaziamento dos diálogos coletivos e dos espaços capazes de publicizar uma memória coletiva que possa servir de base para a construção de valores coletivos e individuais, bem como de uma identidade que possa ser vivenciada e experienciada por grupos sociais diversos, uma vez que compartilham trajetórias e histórias singulares.
Freqüentemente, os indivíduos nessas sociedades são levados criarem uma falsa percepção de pertencimento devido à fragmentação das relações sociais, seja elas de produção, de conhecimento ou política. Para situar-se diante desta fragmentação, eles tendem a forjar para si e para sua coletividade uma “identidade vitual”, a partir do imediatismo da Industria Cultural que o conduz ao distanciamento de suas raízes, daquilo que possivelmente possa “(re) defini-lo” e garantir seu re-conhecimento parente si ou dos outros, tanto a nível cultural como político.
As sociedades que mais se encontram em risco de serem envolvidas por este processo de amnésia são justamente aquelas que a partir de um curto espaço de tempo investiram em planejar grandes transformações na sua matriz econômica, inserindo-se instantaneamente nos fluxos das economias globais e nas redes de informações, como tentativa de ingressa no seleto clube dos países em desenvolvimento. Partes destas sociedades estão localizadas em países do Terceiro Mundo, onde os efeitos deste processo variam conforme a formação histórica da suas estruturas políticas para atender as necessidades de suas populações a partir um projeto de desenvolvimento.
É sabido que estes países geralmente são erguidos sobre a sorte de apagar dentro de suas fronteiras regiões dotadas de uma tradição comum construída no processo de povoamento ao longo de áreas a serem povoadas. Na maioria das vezes esses alicerces de memórias e identidades são edificados sobre ruínas de outros alicerces de memória e identidade de menor expressão, tem como conseqüência não dinamizar a agregação de sociabilidades cooperadas, por não terem suas identidades primeiras reconhecida, ainda que reconheça pertencer a uma maior.
No Brasil, poucos Estados como o Ceará encontram-se inserido num turbilhão de transformação socioeconômica nos últimos vinte anos para alcançar seu desenvolvimento sustentável, como exemplo maior, deste projeto estar o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), capaz de gerar para o Estado mais de quinze mil empregos diretos e um investimento em torno de cinqüenta bilhões de reais.
A conseqüência maior destas transformações aceleradas é, sobretudo, de metamorfosear o cearense num proletariado, pobre de experiência, impossibilitando de reconhecer suas memórias e identidades – regionais ou pessoais, já que estas são arrancadas continuamente, uma vez que são esfaceladas as velhas formas de sociabilidades e tradições oriundas do mundo rural, antes predominante no Estado.
Saber confeccionar o fio da identidade na roca da memória da cearensidade, ou encontrá-lo preso ao tecido da tradição é uma possibilidade de pertencimento diante do tempo efêmero da contemporaneidade vazio sentido, por reduzir tudo a mercadoria.
É indiferente se o fio é confeccionado ou encontrando. O que importa é saber que ele abre uma conexão com um conjunto de referenciais, próprios para o desenvolvimento humano, pois não há uma moralidade sem identidade e memória, matérias-primas para o proceder ético num dado espaço ou região. Este proceder tornou-se a viga do desenvolvimento das grandes nações por produzir uma racionalidade estável de valores, atitudes e comportamentos nos seus cidadãos que se agregou a busca de uma economia racional e solidária.
PALAVRAS- CHAVE: Memória, Identidade, Cearensidades, Regionalismo, Desenvolvimento Local