"Meus livros foram publicados durante diferentes governos no Irã. A decisão arbitrária, após 12 anos naquele país só pode ser um mal-entendido", disse o autor e completou: "Eu espero que este mal-entendido seja resolvido nesta semana. E eu conto fortemente com o governo brasileiro para me apoiar pelos valores que todos nós apreciamos", finalizou Coelho.Ainda no blog, Paulo Coelho reproduziu na íntegra a carta do seu editor no Irã, Iarash Hejazi, lhe comunicando da censura.
"Infelizmente, fui informado que o Ministério da Cultura seguindo a orientação islâmica no Irã baniu todos os seus livros, mesmo as versões não-autorizadas publicadas por outras editoras. Meus amigos disseram que nenhum livro com o nome 'Paulo Coelho' terá autorização a partir deste momento para ser publicado no Irã", disse Hejazi.
Pelo Twitter, Paulo cobrou uma participação efetiva do governo federal.
"Meus livros banidos no Irã (vamos ver se o governo brasileiro se pronuncia)", disse no microblog.
Ministra da Cultura se pronuncia
Nesta segunda, a ministra da Cultura, Ana de Hollada, lamentou a decisão do governo iraninano e afirmou que vai se reunir com o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, para analisar se o país irá se manifestar contra a decisão do Irã.
“Vou conversar agora com o ministro Patriota, para entender como o Ministério das Relações Exteriores está vendo isso e provavelmente eles vão se manifestar. Essa manifestação do governo brasileiro cabe ao Ministério das Relações Exteriores. Pela cultura, só posso dizer que a censura é sempre lamentável”, disse a ministra, durante a visita ao Complexo do Alemão.
Paulo Coelho ocupa uma cadeira na Academia Brasileira de Letras desde 2004.